quinta-feira, 2 de abril de 2009

NUMEROS DA INSEGURANÇA

Olha só que barbaridade nos números de estatísticas da criminalidade em nosso Municipio:

A pesar de estar localizada em um dos Estados mais seguros do Brasil, Mossoró tem o maior número de homicídios do Estado, e uns dos maiores do Brasil, ocupando a colocação 478° dos 556 municípios mais violentos da Federação. Também estar entre os 200 municípios com maior número de mortes por arma de fogo, ocupando a 106° colocação. Seu índice de homicídios está acima da média nacional - 25,6 em 2006. São 36,6 mortes por grupo de 100 mil habitantes. Semelhante ao do Rio de Janeiro - 37,7 mortes para cada 100 mil habitantes.
ÁTILLAS RAPHAEL
PRESIDENTE

Um comentário:

MH2O-RN disse...

MOVIMENTO HIP HOP ORGANIZADO-MOSSORÓ-MH²O-RN
MANIFESTO: PAREM A VIOLENCIA-2009-
Nascido e criado na senzala freqüentam agora os corredores e salões da Casa Grande e ensina capoeira ao Feitor. Faz vezes de “Capitão de Mato”
Que denuncia a forma como vem sendo travado o debate á cerca da segurança pública em nosso país. Não custa lembrar que a policia é parte de aparelho ideológico do estado, uma instituição exclusivamente repressiva que não guarda nenhuma característica e ou função educativa. Esta lembrança se faz necessária para justificar a alegoria que abre o manifesto e que denuncia a tentativa de pessoas ligadas a ONGs e falando em nome da juventude da sociedade civil de “aproximar ”a policia dos jovens e ate de ensinar a policiais e agentes repressivos linguagens próprias do movimento social, cultural e da juventude. O MH²O rechaça qualquer tipo de abordagem que coloque a juventude no papel de delação ou a aproxime das forças repressivas. Só admitimos colaborar com ações não repressivas e educacionais e envolver a juventude nestas. Visando uma segurança publica cidadã e não policialesca, comprometida com um mundo mais justo e igualitário.

VIOLÊNCIA COMO CULTURA, POLITICA E NEGÓCIOS

O Crack domina o Brasil, até os filhos da elite se envolvem cada vez mais em atos violentos e covardes e a crueldade permeia as ações de Polícia e dos Bandidos e em escala global, as atitudes de Estados e insurgentes. Enquanto os índices de desemprego batem recordes em meio á juventude aumentando o desespero e a falta de perspectivas, as novelas adotam a violência como seu roteiro preferido, as músicas em praticamente todos os estilos aconselham aos jovens a “beber até cair” banalizar o corpo e o sexo nos cabarés e adotar comportamentos fúteis e consumistas. Os programas televisivos sensacionalistas formam juízes reacionários com microfone e câmera nas mãos que julgam e condenam jovens pobres e semi-alfabetizados diante de uma audiência cativa que almoça assistindo á carnificinas e banhos de sangue frente á suas TVs. Esses mesmos programas transformam seus apresentadores e repórteres em candidatos e os elegem vereadores e deputados. E o ciclo se completa. Nas câmaras e Assembléias, os agora parlamentares reacionários passam a usar as tribunas e a legislatura para defender o endurecimento de penas, a redução da maioridade penal, a criminalização do aborto e outras insanidades mais. Ao mesmo tempo em que bradam contra qualquer controle social sobre suas atividades jornalísticas que humilham, pré-julgam e promovem a deteriorização pública da imagem dos jovens de periferia, chamando de censura a qualquer tipo de limite que a sociedade tente impor á suas praticas desumanas.
Esta situação, mais do que sinal dos tempos como afirmam alguns, nos parece um elaborado sistema que tem gerado uma onda conservadora e policialesca no País, com a criação de uma categoria de políticos e eleitores retrógrados e interdependentes da violência institucionalizada e estilizada e um grande e lucrativo setor econômico que vai de programas policiais a jogos de vídeo-game, passando pela formação de milícias e esquadrões da morte, blindagem de automóveis e instalação de sofisticados sistemas de segurança e até a privatização de presídios ou de departamentos inteiros de exércitos nacionais. Portanto, não podemos deixar de assinalar o caráter econômico, político e cultural da atual onda de violência que varre nosso País e o mundo.
E muito menos, podemos silenciar diante das soluções apontadas: Criminalização da pobreza e dos movimentos sociais, aumento dos investimentos em repressão, redução da maioridade penal, endurecimento de penas, toque de recolher em comunidades, aumento da vigilância eletrônica, construção de mais presídios, reprodução de modelos repressivos adotados em outros lugares (a exemplo de Diadema - SP, Colômbia, EUA, Canadá, Israel, etc.) e pasmem! Construção de presídios para atender aos jovens.

A CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

É neste cenário que nasce a CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA. Uma conferencia onde a sociedade civil e minoria e onde predominam o governo e os trabalhadores na segurança publica que em última estância também são parte do governo (40%da sociedade civil, 30% do poder publico e 30% dos trabalhadores de segurança pública). Ou seja, entre governo e trabalhadores de segurança publica já se distribui 60% das vagas da conferencia. Manifestamos aqui nossa preocupação com os resultados de uma conferencia onde a sociedade civil na pratica será minoria. O risco é que a visão policialesca e conservadora venha a hegemonizar o debate. Porem. Mesmo controlada pelo governo e pela policia. A conferencia nacional de segurança pública representa um importante espaço de articulação e mobilização para os movimentos e organizações sociais que defendem outro tipo de segurança. Menos repressiva e mais inclusiva. Menos policialesca e mais educativa, menos governo e mais sociedade civil. Precisamos nos mobilizar para travar o debate com os conservadores, governo e policiais no interior da conferencia. Nossa principal tarefa é deixar claro que não haverá paz enquanto não houver igualdade social, enquanto não acabar a exploração e opressão da maioria pela minoria. E sendo assim, declaramos:

 Só será possível viver em paz numa sociedade igualitária, livre e justa:
 No Brasil atualmente o fator principal responsável pelo aumento da violência e criminalidade é a falta de opções para os pobres (trabalho, educação, esportes, etc.):
 No Rio Grande do Norte, a ausência de políticas públicas voltadas para o combate ao avanço do CRAK no estado contribui de forma decisiva para o aumento de vários tipos de violência:
 Não aceitamos medidas violenta contra a juventude excluída, e afirmamos que o que atenua a violência e uma boa escola publica, democrática e voltada para ao interesse dos pobres, políticas culturais publicas que vissem possibilitar lazer saudável á periferia,emprego e renda par o povo,acesso a saúde e condições de vida dina:
 Chamamos a juventude da periferia, os pobres e os grupos marginalizados a se unirem, e usar toda a rebeldia e coragem,para pressionar o estado e arrancar dos governantes e das elites as melhorias sociais que necessitados:
 Só acreditamos em ações não policialesca de combate á violência e afirmamos que a segurança publica passa obrigatoriamente pelo desenvolvimento local de comunidades e pelo empoderamento das populações marginalizadas com sua inclusão socioeconômica:
 Não queremos mais mortes, brigas e roubos entre-nos. Queremos paz do “lado pobre da cidade!” Pois temos os mesmos problemas, sofremos as mesmas dificuldades e devemos e nos unir. Para resolvê-las. Não somos nós, os nossos inimigos:
 A juventude deve ser aproximada segurança pública por meio de interação com atividades educacionais e não policialescas e deve ser mantida distancia da policia que não tem função educativa e representa exclusivamente a repressão:
 È urgente resguardar os direitos dos pobres e acusados em relação a ação de repórteres,ancoras e produtores dos programas policiais sensacionalistas da mídia que os pré-julgam,expõem e humilham diante das câmeras na busca por audiência:
 Faz-se necessário garantir o controle social sobre as ações da policia principalmente nas periferias e comunidades pobres